terça-feira, 8 de dezembro de 2009

e aí?

queria ir sem ter promessas de fim
tecnologia alguma interferisse no sonho
.
você viesse e levasse
como estava escrito
velha rotina se fizessem agora em razão ...
daí
clareasse meus olhos
e as pedras saltassem longe dos tantos tropeços...
.
curasse assim meus melindres
natural eu me tornasse ao ser que sou
.
"perguntei tanto e ninguém nunca me respondeu" (tão assim quanto o Zeca...)
.

escapo dos outros .........
quero o só bem junto
sem altruísmo.
.
-volúpias de minha verde cor-
.
tenho o tropical em veia
mas não sei lidar com tamanha petição.
.
e nem sei se quero saber
.
e aí me deságuo aqui
sem poder ser ouvida
sabe lá.. se bem lida...
.
não sou daqui
.

quero ir para passargada
seja lá onde for
quero ir...
e aí então me despir
repousar em paz.
sentir o ócio e os ossos do ofício na pele.
.
sinto e sou prolixa
vazia em novidades
sou velha
e tenho as mãos enrugadas
.
verborrágica por ignorância
adoeci.
.
se temo ?
pra que?
se no fim o que resta é terra.
raízes emaranhadas
útil aos micros
..
sonho tanto com detalhes não é?
os terei nessa hora tão aproveitados ..
dando fluidez
a soma atmosférica.
.
silencio do aprendizado será sereno e eterno.
.
confusões não no papel mas em tecnologia infernal
reflexos sem brilho
eu
espelho nesse monitor,
conflituoso
por me ter aqui besta a fadigar os olhos.
.
ele não liga
eu fico em sinal longe
desviando em cantos a solidão
do esperar quem nem vem.
já esteve mais .
agora menos...
a vida tem dessa volúpia...

pedida dos trópicos

como a vontade
me transgride !
sem pedir licença
move minhas mãos ...
boca sem freios
.olhos vedados.
dou alísios ao pedido

domingo, 6 de dezembro de 2009

tabu as

dentro duma caixa ---------------n--------------------------se adentrava
em madeira -------------------------ó--------------------como se ajoelhado.
breu de crença alheia -----------s----------painel de utopia distante
arestas bem aladas -------------------simétrica ao corpo encaixotado
-------------------------------------------------------------confortada proteção.


tabu as avessas não é tabu

de volta sem ida

coisas vãs
contraditos ideais
(ai ideais em drama os vejo bem ,malditos sejam)
[ quero a liberdade nessa gaiola ideal¨ ]
amar você
sem me perder
enfim,
me render a teu verbo.
-------------
abster de discussões
meu eu.
-------------
aventurar meus ouvidos
(acho, há muito, a surdez minha irmã).
tocar.
------------
coragem para esperar em paz.
- quero a infância de descomplicar -
dar um fim a análise dos dias coletando amor.
-----------
não mais esperar retribuíções de um talvez martírio.
me doar a teu pedido.
----------
apagando minhas faíscas...tudo em vela de papel.
deixar os crus palpites.
----------
-- achei me longe--
leviana pensei que as malas diziam algo
mas não,não fora para lugar algum.
----------
mas que me senti longe,senti.
---------
sinto muito
pela prisão em que me meti durante esse tempo.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

hasta la victoria hoy

após um dia corrido

(reformas para as flores pessoas )

ontem mas com ajuda do céu,

que levou o que lavou.


dormi de costume tal hora.

acordei cedo mais que o de costume.

a revirar tantos papéis

mexi nos alvos

me encalhei na liberdade


sonho

se inflou em mim de novo.

coragem para tentar não só mais uma.

danei a escrever imagens ...

nada novo

mas confesso,
não esperava tanta vitalidade duma velha.


me surpreendi

empolgada

dedilhei cada meta

ri mais do que qualquer folêgo aguentaria

mas enfim desejei outros meios e fins.

vai dar ainda que com danosas danações minhas

vai dar.


num ritmo latino central me balancei

em perspectivas novas me engatei

e estou agora indo..

tentando não me ater as coisas pequenas

belezas sim..

friezas não..
mas vou te contar quão duro é distigui las
sabe lá se estou vesga e acabo invertendo as bolas...


sutilezas da vida.

após fracassos

suada de incertos fogaréus e talvezes* timidos
em meio a heróis sem trégua..............
me atento a tamanha

sede
que me r o ç a a guela

sede de batalha com um q infantil de esperar a vitória.

não tarda não.

About this blog



Zeca Baleiro - Vou Te Convidar Vagne Milliet E Zeca Baleiro
vou te convidar pra dançar na chuva
pra entrar na rede, jogar bilboquê
pra pular a onda pra pintar o sete
pra ver caravelas pra dar um rolê
sem pensar em nada colorir a lápis
passear na roça ver um filme B
contar uma história descer corredeira
procurar caipora saci-perereê
vou te convidar pra pular fogueira
pra nadar sem roupa assistir TV
pra montar a pelo pra cruzar a ponte
mudar de figura tomar um saquê
sem pensar em nada viajar no tempo
bater uma bola gravar um CD
saltar de asa delta e cair na farra
se olhar na poça para ver pra crer


The Beach Boys - Wouldn't It Be Nice
Wouldn't it be nice if we were older
Then we wouldn't have to wait so long
And wouldn't it be nice to live together
In the kind of world where we belong
You know it's gonna make it that much better
When we can say goodnight and stay together
Wouldn't it be nice if we could wake up
In the morning when the day is new
And after having spent the day together
Hold each other close the whole night through
Happy times together we've been spending
I wish that every kiss was never ending
Wouldn't it be nice
Maybe if we think and wish and hope and pray
It might come true
Baby then there wouldn't be a single thing we couldn't
do
We could be married
And then we'd be happy
Wouldn't it be nice
You know it seems the more we talk about it
It only makes it worse to live without it
But let's talk about it
Wouldn't it be nice


Zeca Baleiro - Salão De Beleza
Se ela se penteia eu não sei
Se ela usa maquilagem eu não sei
Se aquela mulher é vaidosa eu não sei
Eu não sei eu não sei
Vem você me dizer que vai a um salão de beleza
Fazer permanente massagem rinsagem
Reflexo e otras cositas más
Baby você naum precisa de um salão de beleza
Há menos beleza num salão de beleza
A sua beleza é bem maior do que qualquer beleza de
qualquer salão
Mundo velho e decadente mundo
Ainda não aprendeu a admirar a beleza
A verdadeira beleza
A beleza que põe mesa
E que deita na cama
A beleza de quem come
A beleza de quem ama
A beleza do erro puro do engano da imperfeição
Belle belle como Linda Envangelista
Linda Linda como Isabelle Adjani
Quem foi que te fez tão formosa
É mais linda que a rosa
E debrusada


The Beatles - Help!
HELP! I NEED SOMEBODY
HELP! NOT JUST ANYBODY
HELP! YOU KNOW I NEED SOMEONE
HELP!
WHEN I WAS YOUNGER SO MUCH YOUNGER THAN TODAY
I NEVER NEEDED ANYBODY´S HELP IN ANY WAY
AND NOW THESE DAYS ARE GONE
I´M NOT SO SELF ASSURED
NOW I FIND I´VE CHANGED MY MIND
I´VE OPENED UP THE DOORS
HELP ME IF YOU CAN I´M FEELING DOWN
AND I DO APPRECIATE YOU BEING ´ROUND
HELP ME GET MY FEET BACK ON THE GROUND
WON´T YOU PLEASE, PLEASE HELP ME?
AND NOW MY LIFE HAS CHANGED IN OH SO MANY WAYS
MY INDEPENDENCE SEEMS TO VANISH IN THE HAZE
BUT EVERY NOW AND THEN I FEEL SO INSECURE
I KNOW THAT I JUST NEED YOU
LIKE I´VE NEVER DONE BEFORE
HELP ME IF YOU CAN I´M FEELING DOWN
AND I DO APPRECIATE YOU BEING ´ROUND
HELP ME GET MY FEET BACK ON THE GROUND
WON´T YOU PLEASE, PLEASE HELP ME?
WHEN I WAS YOUNGER SO MUCH YOUNGER THAN TODAY
I NEVER NEEDED ANYBODY´S HELP IN ANY WAY
AND NOW THESE DAYS ARE GONE
I´M NOT SO SELF ASSURED
NOW I FIND I´VE CHANGED MY MIND
I´VE OPENED UP THE DOORS
HELP ME IF YOU CAN I´M FEELING DOWN
AND I DO APPRECIATE YOU BEING ´ROUND
HELP ME GET MY FEET BACK ON THE GROUND
WON´T YOU PLEASE, PLEASE HELP ME?
HELP ME HELP ME WUUU.



Toquinho - Aquarela Toquinho - Vinicius de Moraes - M. Fabrizio - G. Morra
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo.
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva,
E se faço chover, com dois riscos tenho um
guarda-chuva.
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do
papel,
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu.
Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul,
Vou com ela, viajando, Havai, Pequim ou Istambul.
Pinto um barco a vela branco, navegando, é tanto céu e
mar num beijo azul.
Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e
grená.
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar.
Basta imaginar e ele está partindo, sereno, indo,
E se a gente quiser ele vai pousar.
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida.
De uma América a outra consigo passar num segundo,
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o
mundo.
Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente, a esperar pela gente, o futuro
está.
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar,
Não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar.
Sem pedir licença muda nossa vida, depois convida a
rir ou chorar.
Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que
virá.
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar.
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia, enfim, descolorirá.
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (que
descolorirá).
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
(que descolorirá).
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
(que descolorirá).