as sombras do meu eu
hoje me trazem cochilos
sem sombra de dúvidas...mas cansadas sombras de razão.
os erros de outrora me despertam a não pular
e ancorar meus pés ao chão
me desafiam a voar ao dossel da minha mais frondosa mata...
é um desafio de tênua linha entre o seguro conveniente e o incerto presente que é meu futuro
este hoje me corta ao meio
deixando a sombra da minha razão presa a real que me cerca
envolvendo meus mais íntimos segredos a exposição de outro íntimo das letras
isso me gasta ao finito
me guardando em baú de chumbo
me faz um tumulto ...um estrondo inquietante de maneira estridente me fazendo pronunciar:
palavras não mais soltas mas presas por enganos passados
engatadas pela válvula de escape que me atingem no alvo que se chama sentir.
esse alvo merecedor dos menores acordes da minha mal dedilhada musica "penumbramente" me desfazem em arrepios sutis de notas...
agito da mente novamente me assediam a ceder
a dar o braço a torcer
retrocesso?
a acordar e enfim notar uma nova nota?
isso é de sobre modo desvendar o estorvo do meu interior que me coloca na sombra da minha razão...
me propor ao risco
correr ou mesmo na calma
existe o atrito da minha obscura área do pulsar.
eu sei...
você sabe.
esse aglomerado de confusas sombras
não são para inspirar alguém...
são explicitamente à você.
você que me faz perder a calma...
que dissimula palavras em tons...
você que me inquietou com o seu modo de extrair alienações do sentir
você que sabe que no mais escondido escuro dessa penumbra
existe a vontade de seguir...
só que você não entende o meu agir, que é assim
em meio a estopa o meu fim não era o seu
o seu era o meu.
mas a sombra da razão sempre dirá não.
se é imutável o amanhã dirá.
mas algo certo sei ... - não tenho igual emoção de alguém que melodramatiza o sentir de forma tão luz e mero ingênuo agir.
Um comentário:
o amanhã dirá...
e até lá...
... eu espero
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